Não, não podia ser, por que ele quer acabar com a minha
vida? Já não fez o bastante? Logo agora que eu e Justin estamos juntos, quer
dizer, eu não sei qual é nossa situação agora, mas o nosso ódio esta menor, e
conseguimos nos entender.
-O que foi Jackie? Ficou com medo?-Paul me olhava com
ironia, enquanto percebia minha expressão vazia-
-Medo? Dele? Não, diz que eu estou esperando, ele pode
vir, quero ver se ele vai conseguir me destruir, eu estou mais forte do que
nunca, ao lado de Justin!
-Nossa, que romântico, que pena que tudo isso vai acabar
daqui a algum tempo Jackie, bom o recado esta dado, só não vale fugir ok? Ele
esta louco pra ti ver de novo... E acabar com a tua vida!
-Paul, se você não sabe, eu não tenho mais medo dele, enquanto
ele esteve na cadeia, eu só me fortaleci mais, assim como Justin ,nada dele vai
me atingir, e muito menos a Justin!
-Tem certeza?
Não, eu não tinha tanta certeza.
-A verdade vai vir à tona quando o pai do seu filho
voltar, e Justin com certeza vai ficar desnorteado quando souber de tudo e vai
se voltar contra você!
-Ah então esse é o plano dele? Nossa criativo!
-Eu já disse recado dado, agora eu tenho que ir aproveitar
minha nova vida, adeus Jackie, ah e eu não quero estar na sua pele quando ele
voltar!-Paul me deu as costas, não, nada inteligente, ele não devia confiar em
mim-.
Eu já tinha abaixado minha arma, para conversar com ele, mas
não a tinha guardado claro que não, Paul foi um idiota de virar as costas,
agora... Não iria poder seguir em frente.
-Paul... Acha mesmo que eu vou te deixar ir?-o mesmo
virou ao ouvir minha voz, e pelo tom dela, ele já sabia o que eu ia fazer-.
O mesmo levou a mão ate o cós da calça, para também sacar
sua arma.
-Não, não, se você pega-la, eu atiro, você não tem escolha,
felizmente, para mim, você não vai seguir em frente!
-SUA VADIA!-o mesmo me desobedeceu e pegou rapidamente
sua arma, mas eu fui mais rápida, e antes que ele pudesse disparar contra mim, eu
disparei contra ele, o tiro foi certeiro na cabeça-
O sangue espirrou e Paul caiu no chão, por sorte morreu
na hora.
-Menos um!
Retirei-me daquele local, agora, eu devia ir atrás de Justin,
eu tinha de acertar as coisas com ele, antes que seja tarde.
POV
Justin
Eu sei que agora eu deveria estar enchendo a cara como de
costume, mas não sei por que eu não estava com vontade, era como se álcool
nesse momento fosse a pior coisa da qual eu deveria me aproximar, sinceramente
eu não sei o que esta acontecendo comigo, depois daquele projeto de surra que
eu dei na Jackie segui para minha casa, quase bati meu carro umas quatro vezes
na estrada, mas eu tenho que manter controle ou vou acabar me matando por causa
daquela vagabunda.
Eu já tinha chegado fazia um bom tempo, eu não tinha nada
pra fazer, nem mesmo tinha alguém pra matar, nada, nada mesmo, acho que vou me
aposentar porque essa vida de bandido já esta me cansando.
Eu assistia a um filme insuportavelmente chato, já estava
quase caindo no sono, mas o alarme disparou isso indicava que alguém estava se
aproximando de minha casa, peguei minha pistola e segui para a cozinha onde
tinham os televisores com as imagens de toda a casa, então eu vi um carro branco
se aproximando, eu conhecia aquele carro, não acredito que aquela puta teve
coragem de vir me procurar, só pode estar querendo morrer mesmo.
Suspirei fundo e bati com a pistola na mesa, já estava
começando a ficar nervoso só de pensar que ela teve a ousadia de vir aqui.
Olhei ela sair do carro e ficar no portão esperando que
eu abrisse.
-Acha que eu vou abrir pra você?-falei no telefone.
-Por que não abriria? Precisamos conversar você esta
agindo como uma criança seu merda, abre essa porra!
-É a minha casa e eu abro se eu quiser sua vadia!
-Ah mais se fosse pra uma puta você abria não é?
-Mas tem uma puta querendo entrar e eu não estou abrindo!
-Cara abre essa porra e eu atiro nessa merda e arrombo!
-Não estou nem ai
eu tenho dinheiro pra pagar tudo de novo!
-Por favor, abre, eu preciso falar com você!
-Jackie... Fala sério, vai embora eu não to afim de
quebrar a sua cara, sabe muito bem que eu vou fazer isso se você chegar perto
de mim!
-Eu me garanto Justin, agora abre essa porta, por favor!
Respirei fundo e fiquei em silêncio, talvez fosse melhor a
deixar entrar, da cozinha mesmo apertei o botão na parede e liberei sua
entrada, Jackie entrou com o carro e estacionou perto do jardim, logo vi que
ela se dirigiu ate a porta, fui ate a sala e abri a mesma, e me afastei para
perto do sofá, ficando de costas para ela.
-Olha pra mim!-sua voz atrás de mim soou preocupada-
-Fala logo o que você quer, eu não tenho tempo pra você!
-Fala sério cara, esta assim só por que ficou sabendo que
eu transei com o Daniel? Alias, que idiotice sua mandar alguém me seguir, e
aposto que foi o Henry, o seu fantoche não é? Você não é seguro de si? Sempre
se achou o machão, e na hora que eu transo com outro cara fica louco? Com
quantas você transa quando esta longe de mim? Eu falo só uma coisa ou outra mas
não chego a esse ponto, sabe Justin, você esta bem diferente, você não é mais
aquele cara pé no chão que eu conheci, acha que eu vou te trocar por ele? Você
é único pra mim, se eu fiquei com ele foi só pra me divertir, e dai? Eu tenho
minhas necessidades assim como você tem as suas você não consegue pegar só uma
mulher, você pega qualquer uma que vê por ai nessas noitadas!
-Acabou?-virei para ela, a olhando com cara de “eu não
escutei nada do que você estava falando”.
-Como assim acabou? Esta colocando tudo a perder por
causa disso?
-Sabe Jackie... Nós temos uma relação aberta, mas eu não
admito que eu outra cara te tenha, eu quero você só pra mim!
-Sabe que isso nunca vai conseguir, assim como que sei
que você não é só meu!
-Você me conhece, eu sou homem!
-É eu sei você é “homem”, eu sei que você quer
exclusividade, mas isso nunca vamos ter nessa merda, você esta agindo como uma
criança seu otário, Justin, cadê você hein? O que esta acontecendo? Você nunca
foi disso, uma traição aqui e ali, e dai? Nós somos assim, e você o cara mais
durão que eu já conheci esta agindo como um adolescente daqueles bem idiotas!
Ela estava me olhando de uma forma bem convincente, ela
tinha razão, eu estava agindo feito um idiota, e dai? Eu sou o Justin Bieber, eu
posso ter quem eu quiser e na hora que eu quiser,e eu sei que a Jackie nunca
vai deixar de me amar, mesmo que eu pegue Las Vegas inteira, ela sempre vai
estar que nem uma cadelinha atrás de mim, por que eu sou o homem do qual ela
nunca vai se cansar.
-E sabe mais? Eu sei que você esta morrendo de vontade de
me foder agora! Estou certa? Vai perder essa oportunidade? Eu estou aqui
inteira pra você, vai ter coragem de me mandar embora?
Eu movia meu maxilar, e olhava fixamente para ela, não, eu
não teria coragem de manda-la embora, a testosterona já estava começando a
queimar dentro de mim e eu estava morrendo de vontade sim, de foder aquela
mulher naquele exato momento, e dai? Daniel não vai ter ela pra sempre, eu vou.
Num movimento rápido, deitei Jackie no sofá e ela já
estava com um enorme sorriso estampado no rosto.
-Da próxima vez, eu juro que te mato esta entendendo sua
vadia?
Ela sorriu mais ainda ao ver que eu estava fazendo aquilo
contra minha vontade, ela estava se sentindo, porque sabia que eu não resistia
a ela, e realmente eu queria me matar por está-la desculpando tão fácil assim.
-Não, eu sei que não!-ela sorriu e me beijou.
POV
Jackie
2
semanas depois
Duas semanas de pura aflição, eu andava desconfiada
olhando para todos os lados, ele poderia voltar a qualquer momento, e eu tinha
medo por Justin, eu sei que ele não é páreo pra esse filho da mãe, eu sei que
ele é a sua maior fraqueza, ele pode manipula-lo, sempre teve poder sobre
Justin, e eu tenho medo do que possa acontecer.
Eu não sabia onde Justin estava agora, mas eram duas da
manhã, e eu estava numa boate no centro de Las Vegas, eu vim aqui por que tive
que negociar algumas mercadorias com um exportador do exterior, nosso próximo
rouba será daqui a uma semana, dessa vez não é um museu e sim um banco, eu sei
que estou me arriscando demais, mas não será em um banco de Las Vegas e sim de
Washington, o banco central, o mais vigiado de todos, e eu vou precisar de
muita ajuda pra isso, estou contando com as garotas, Tony e Daniel, mesmo
depois daquela discussão com ele, ele me procurou, me pedindo desculpas, me
perguntou como poderia se desculpar comigo, e bom, minha condição foi essa, ele
vai ter que nos ajudar.
-Aí Lohana, acho que já estou indo, estou cansada, alias,
não podemos ficar nos cansando tanto, sabe o que temos daqui pra frente!
-Fica fria Jackie, sabe que vamos conseguir, sempre
conseguimos não é? Pode ir, eu e as garotas vamos logo atrás!
-Ok, cuidado!-disse por fim e sai indo ate o
estacionamento.
[...]
A avenida estava um tanto vazia, Las Vegas parecia uma
cidade fantasma, o que era bem estranho, pois não costumava ficar assim, mas
acho que essa avenida não é tão movimentada assim a essa hora da noite.
Eu não notava nenhum movimento estranho por ali, quer
dizer, ate certa hora, fiquei alerta ao perceber que um carro preto estava
vindo pelo mesmo caminho que eu por um bom tempo, dobrei a esquina e ele continuou
agora eu já sabia que nossos caminhos não eram pura coincidência, tinha alguém
me seguindo, e eu tinha que dar o fora.
Acelerei o carro e entrei na avenida principal, assim
como eu o carro também acelerou ,quem estaria me seguindo? Que merda é essa?
Eu sabia que aquilo podia ter outro rumo, então eu tinha
de ser ágil, peguei minha pistola que estava no porta-luvas e prossegui
dirigindo com ela na mão, então, eles atacaram a primeira vez.
Houve um disparo contra meu carro, eles estavam mirando
nos pneus, seja lá quem for eu tenho que matar logo ou e vou acabar morrendo, acelerei
mais uma vez tentando me livrar deles ,tentando deixa-los para trás, mas o
carro deles ou dele era potente e me alcançou, eu olhei pelo retrovisor central
e não vi o carro atrás de mim, por que ele já estava do meu lado, olhei surpresa,
e tentei atirar, mas era tarde demais, um homem com uma mascara preta atirou no
pneu esquerdo da frente e no traseiro também, eu comecei a perder o controle do
volante, era como se meu carro estivesse deslizando pela pista e eu não podia
retomar o controle da direção, minha arma caiu no chão do carro e eu não
consegui pega-la, eu estava mais preocupada em não capotar, mas isso serio
impossível, o carro ainda me seguia e eles atiravam mais e mais, quem estaria
tentando me exterminar?
Em questão de minutos meu carro estava capotando pela
enorme avenida, sorte que eu havia colocado o cinto de segurança, eu via tudo
girar e ouvia um barulho ensurdecedor, meu corpo se chocava um pouco, eu não
estava completamente protegida, eu fechei os olhos sentindo aquela turbulência
horrível, o air bag acionou, me de deixando sufocada, a turbulência parou, sinal
de que o carro havia parado de capotar, ele bateu contra uma alta barreira do
meio fio, e ficou de cabeça para baixo, minha visão estava turva, e como eu
estava de cabeça para baixo, só vi pés andando em direção ao meu carro que por
sorte não havia explodido e eu não estava tão ferida assim, só sentia um fio de
sangue na minha testa.
Os pés que andavam ate mim pararam, e eu tentava
visualizar quem era, logo a pessoa se abaixou e eu a vi sorrindo.
-Saudades de mim querida?
Aquela voz, aquela voz a qual me atormentava, a aquela
voz com um ar de sarcasmo.
-Nem pra ir me ver na prisão? Eu me senti muito ofendido!
-Je-Jeremy?
-Isso mesmo meu amor, como esta o meu filho Justin? E o
irmãozinho dele?
Sim, Justin tem um irmão, que é o meu filho.
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