Narração por pessoa onipresente
Primeiro veio
a desconfiança, ele ainda não conseguia acreditar o que acabara de ouvir, mesmo
que nunca quisesse ter um filho, mas ainda sim acreditava que tinha um, Justin
estava atordoado por dentro, todos os sete anos passados, o fizeram acreditar
que ele tinha um filho, ate estava se acostumando com isso, mas era melhor
ficar longe dessa criança, ele pensava, mas pelo menos isso era prova de que
ele e Jackie tinham um elo, que agora não mais era concreto, o filho nunca fora
dele, ele não acreditava que tinha sido enganado, e muitos menos que esse
maldito garoto era filho de seu pai, mesmo assim, ele tinha um laço com Justin,
era seu irmão, o qual ele nunca quis ter ,ele nunca foi de querer mais um
membro familiar, já bastavam os que ele tinha, os quais nem fazia questão de
lembrar, um bando de idiotas preocupados apenas em fazer o que é certo.
Como dito
antes, primeiro veio a desconfiança, estaria mesmo Jeremy falando a verdade?
Justin encarou
o garoto mais uma vez, o qual estava amedrontado, apavorado, por estar ouvindo
aquela discussão e ao ver aqueles homens com armas nas mãos, Justin voltou o olhar para Jeremy, e logo atrás do homem, surgiu
Jackie, a mulher também parecia com medo, e seus olhos estavam marejados, e foi
ai...Que o ódio cresceu com tamanho ímpeto e presteza, de forma extraordinária,
Justin quase explodiu ao vê-la, estava machucada, porém naquele momento não
parecia estar ali a força, não tinha nenhuma arma apontada para ela, e nada a
prendia, ele percebeu que ele estava ao lado de Jeremy, que ao perceber sua
presença, abriu mais o sorriso satisfeito.
-Ah... Esta aqui quem você tanto queria ver, pena que não
vai poder leva-la!
Jackie queria muito ir ate Justin, sua atenção estava
toda voltada para ele, mais assim que viu aquele garoto perto de um homem logo
atrás, o mundo inteiro parou para ela, e tudo girava em torno dele, era o mesmo
garoto da foto, era mesmo aquele seu filho?
Ela percebeu tamanha semelhança a Justin e Jeremy, que se
encaravam a ponto de se matar.
Jackie sentiu algo diferente ao ver aquele garoto, uma
vontade incrivelmente forte de tê-lo em seus braços surgiu dentro dela de repente,
e ela sentiu que tinha algo com aquele garoto, era o famoso intuito de mãe, ela
tinha certeza que ele aquele menino que chorava era dela, ela queria tê-lo
perto de si, enxugar seus lagrimas o mais rápido possível, ela não imaginava
que iria reagir assim quando o visse, pensava que não iria sentir absolutamente
nada, chegava a pensar que nunca iria chegar perto dele de novo, então, uma
vaga lembrança veio de longe, lembrou-se de quando o teve, o bebe minúsculo e
frágil em seus braços chorava sem parar, e ela o balançava levemente catando
musicas que aprendeu no convento, o melhor lugar em que ela já esteve em toda a
sua vida, o mais calmo, o mais divino.
Ela queria ir ate ele, mais foi detida por Jeremy, que
apenas mostrou a arma para ela, dizendo que não, e nada mais.
E logo depois a mulher amargurada voltou a atenção para
Justin, que a olhava sem nenhuma reação, ela esperava que ele explodisse em
cima dela, a xingasse de todas as maneiras, a insultasse, a espancasse, mas ele
não teve tal reação, o homem a encarava austero e incrédulo, pela atitude que
ela havia tomado em engana-lo por anos, sua expressão era vazia, um semblante
desacreditado, os olhos marejados e soturnos, seu maxilar se movia demonstrando
a raiva escondida em si, aquilo era o que bastava para ela saber que ele estava
realmente decepcionado, aquilo era o que bastava para ela saber que já não
havia jeito, que ele não iria mais tentar salvá-la, que ele havia desistido
dela pra sempre, que não era mas Justin e Jackie, que esse amor platônico já
não era mais existente naquele meio, que tudo havia acabado, que ela não o
tinha mais, que ele não confiava nela.
Ali ela se deu conta... De que tinha perdido a pessoa por
quem seu amor havia crescido com tal ímpeto no passar dos anos, ela tinha
perdido a verdadeira razão de sua existência que só se dava por ele, o homem
pelo qual havia jurado amor por toda a vida, estava saindo de seu eu, o qual
era completado por ele desde então.
Justin estava parado, a arma que antes estava apontada
para Jeremy agora já estava abaixo, e apenas uma lágrima, desceu de seu olho
esquerdo, e foi descendo por sua face austera.
-Eu pensei que eu fosse único a ser capaz de quebrar um
coração, mas agora... Você é a prova viva disso!-o seu tom de voz era mais
tristonho possível, era a primeira vez que Justin reagia assim, calmo, porém
muito decepcionado, ele estava controlando seu alto temperamento, sabia que
espanca-la, insulta-la, não ia fazer nada daquilo ser mentira, agora ele sabia
que Jackie nunca fora dele por um instante, aquele mulher não valia nada, assim
como ele, eram dois inúteis que viviam na ilusão de um amor trivial.
-Justin... -a mulher já estava aos prantos, tentando
encontrar palavras que o fizessem a acreditar que aquela criança não era fruto
de amor, e sim de uma noite em que ela não estava em si-.
-Jackie... Eu não quero que você explique nada, não se
esforce, aliás, isso já estava por um fio mesmo, não há mais o que fazer, eu
desisto de tudo... Eu desisto de você!
Aquela era uma circunstância contraria, Justin nunca quis
tem um filho, mas agora se sentia mais ferido do que nunca por não ter um, aquele
filho deveria ser dele, mesmo que ele não o quisesse, era o muito melhor do que
saber que ele era filho de seu próprio pai, isso mostra o quanto ele foi banal,
nem um filho ele conseguiu dar a ela, agora, ele nunca quis tanto que esse
filho fosse seu.
-Era isso que você queria não era Jeremy? Você conseguiu você
a tem pra você, pode ficar com ela, eu não tenho mais nada a ver com isso, eu
não deveria ter vindo aqui, foi uma perda de tempo, agora sim não é Jackie? Estamos
livres um do outro, chega de prisão, podemos fazer o que quisermos, eu não sei
você, mas eu... Eu estou livre, acho que sempre estive!
Sua atitude normal seria atirar em todos ali, inclusive
em Jackie, mas ele não tinha vontade de fazer nada disso, só queria sair
daquele lugar em que o clima era pesado demais para ele, só queria voltar a ser
o homem que ele era quando não conhecia Jackie, um homem sem qualquer tipo de
sentimento, que só vivia para jogar o jogo que a vida o proporcionava, ele não
iria matar ninguém, isso não amenizaria sua raiva, só o faria mais covarde, mais
fútil.
-POR FAVOR, NÃO VÁ, POR FAVOR, NÃO DESISTA DE MIM JUSTIN,
EU AMO VOCÊ, E SEMPRE AMAREI MESMO QUE VOCÊ VIRE AS COSTAS PARA MIM, MESMO QUE
VOCÊ DIGA QUE ISSO NÃO FAZ MAIS SENTINDO, POR FAVOR, NÃO VÁ, EU IMPLORO!-Jackie
gritou apavorada quando ele fez menção em sair, e a única coisa que recebeu foi
um soco de Jeremy que a fez cair no chão, e bater com a cabeça em um móvel, causando
um sangramento não muito grave, Justin fechou os olhos e pressionou a arma, querendo
acabar com Jeremy por ele ter feito aquilo, mas ele nada fez, apenas fez de
conta que aquilo não o havia atingido, mesmo que a dor tenha chegado nele-.
-Essa foi sua escolha, sofrerá as consequências a partir
de agora!-o homem disse, e se retirou Jeremy nada fez, mesmo que sua intenção
fosse matar Justin, ele estava completamente satisfeito por vê-lo sair dali
como um cachorro de rua desses que vivem tristes com o rabo entre as pernas, ele
queria deixa-lo viver, só pra ficar com essa dor para o resto da vida, nada era
mais essencial para sua felicidade do que aquela cena que ele estava
presenciando, Justin totalmente derrotado-
Jackie sabia que não deveria tentar nenhuma atitude que
prejudicasse Justin e aquele garoto, que não estava entendendo nada no momento,
era completamente inocente ali, então, permaneceu no chão, a única coisa que
lhe restava era derramar as únicas lagrimas que lhe restavam por causa da ida
de Justin, que no momento, se sentia martirizado, destruído, aos pedaços.
[...]
Jackie estava aprisionada no porão da casa de Jeremy, mesmo
sabendo que poderia ser prejudicial, tentava achar uma maneira de escapar
daquele lugar, nunca, ninguém nessa vida, teria como prisioneira Jackie Olsan, a
não ser Justin, que já a teve assim um dia, ele era o único, ninguém mais
poderia fazer isso, e ele não iria se render a Jeremy, não iria deixar que ele
a dominasse, por que ele não era páreo para ela, ela só estava o deixando achar
que era, mas ela tinha uma carta na manga.
Em suas botas desgastadas a mulher escondia seu canivete
suíço, a qual ela só usava em casos de emergência, e ninguém nunca soubera que
ela o guarda em suas botas, ele já lhe tirou de várias roubadas, e por que não
em mais uma agora?
Mas depois que saísse daquele porão imundo, sabia que
tinha que enfrentar meio mundo de guardas altamente armados, mas ela já fez tanto
isso na vida, que não seria difícil agora.
Ela já havia observado tudo a sua volta, e naquele porão,
havia coisas que lhe seriam uteis, Jeremy era tão idiota que não tirou todas
aqueles utensílios de lá, sabendo quem era Jackie, estava orgulhoso demais com
sua vitória que não percebeu, que ali, havia um botijão de gás e um tipo de
cano de aço que aguentava qualquer tipo de coisa, seria sorte se Jackie saísse
viva dali, a mulher que nunca deixava de lado seu isqueiro que era companheiro
de seus cigarros que não estavam ali no
momento, o tirou do cós de sua saia, o qual havia colocado quando percebera que
tinha o isqueiro ali, para que Jeremy não visse, ela sabia que aquilo ia ajudar
de alguma forma.
Com muita dificuldade arrastou o botijão de gás em
direção à porta, o deixando um pouco distante, pegou o cano de aço que era
grosso, aquilo com certeza ia conter a pressão que o gás misturado com fogo
causaria, então poderia só atingir a porta conduzindo a pressão através dele, ou
não. Ela fazia aquilo com um peso na consciência.
Jackie destravou a válvula que prendia todo o gás dentro
do botijão, e cortou com o canivete centímetros da pequena mangueira que
conduzia o gás, ali havia um galão que de gasolina que estava seco no momento, a
mulher colocou a mangueira dentro do galão, e com a ajuda do canivete que tinha
lâmina afiada cortou o fundo dele, sorte que o galão era da espessura do cano
de aço, por pura coincidência, o destino devia estar ao seu favor.
Ela juntou o cano ao fundo cortado do galão de gasolina, liberou
a válvula fazendo o gás sair, e pôs fogo com o isqueiro, esperando que a
explosão que seria direcionada porta acontecesse, e então, tudo aconteceu de
forma rápida, o cano de aço conduziu o fogo com o gás, causando uma grande
explosão que foi em direção à porta, com a pressão Jackie foi jogada para trás,
gritando ao sentir como se seus ossos estivessem sido quebrados, ao sentir seu
corpo se colidir com a parede, sentia queimaduras em seu corpo, mas nada que a
impedisse de sair, o porão estava pegando fogo e ela tinha de sair dali o mais
rápido possível, um pequeno espaço ainda não estava dominado pelo fogo, então
ela podia seguir por ali, a mulher esgueirou-se pelo fogo que ainda sim, tocou
sua pele ardendo como se fosse no próprio inferno, ela correu em direção a
porta saindo do porão e percebendo que o fogo começara a se espalhar pela casa. Ela seguia sentindo
dores procurou a sala e logo a achou, era como se o fogo a perseguisse, era
estranho mais ali não havia nenhum guarda.
Tudo parecia bem, ate Jeremy aparecer.
-O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO SUA VADIA?
-EU VOU ACABAR COM SUA VIDA SEU FILHO DA PUTA MISERAVEL!
O homem mirou em Jackie, só que a mesma abaixou-se antes
que a bala se direcionasse a ela, havia muita fumaça lá dentro, já estava
começando a entrar em suas narinas, sufocando-a, mas ela tinha de resistir, e o
calor insuportável também a prejudicava, Jackie seguiu para o corredor que dava
saída a sala, e lá encontrou dois guardas, dos quais ela sabia que ia passar rápido,
ela chegou com tudo derrubando um deles no chão, e pegando o fuzil que antes
ele tinha nas mãos, esse ajudou a atingir o outro guarda que restava.
A mulher correu com o fuzil nas mãos, sabendo que Jeremy
estava a vir atrás dela, os alarmes de segurança já estavam berrando como nunca
fazendo um barulho insuportável, mesmo que estivesse fora do compartimento da
sala, no enorme corredor escuro, a fumaça ainda a incomodava, dificultando sua
visão, seus olhos ardiam com a fumaça e ela fazia de tudo para não perder a
consciência.
Logo ouviu disparos contra ela, com certeza Jeremy, parecia
o fim da linha quando viu capangas vindo em direção a ela de um lado do
corredor, então tratou de fuzila-los com toda a presteza possível, ela seguiu
atirando, ate matar todos os eles, novamente ouviu mais tiros e pode ouvir os
passos que se tornaram apressados, Jeremy estava vindo atrás dela, atirando sem
parar, a mulher já estava fora do corredor, quase saindo da casa, encontrou a saída,
e o botão que ordenava à porta quando fechar e quando abrir, Jeremy tinha o
controle remoto daquele porta eletrônica que ele tinha mandado projetar e a
acionou rapidamente, mas antes que a porta pudesse se fechar por completa, Jackie saiu, e a porta se fechou, ela
já estava do lado de fora, lá havia mais guardas e ela tinha que extermina-los
antes que Jeremy pudesse surgir novamente, a mulher respirou fundo e seguiu em
frente usando a munição que lhe restava, correu em direção aos guardas, fuzilando
os que surgiam em sua frente e lutando contra eles dando o seu melhor, colocando
sua força e habilidade em prática, pegou um novo fuzil de um deles, naquele
momento, um dos capangas de Jeremy acabava de chegar em um carro preto, aquilo
e ajudaria, assim que o homem saiu já apontando uma arma para ele, ela sorriu, e
o fuzilou de uma vez, pegando a chave do carro de sua mãos e entrando nele rapidamente
o ligou e deu partida, voando pelas ruas do subúrbio, ainda podia ouvir tiros
sendo disparados contra o carro, que era blindado.
-Jeremy... Eu consegui acabar com o seu batalhão!
Continua...
Acho que não estou mais conseguindo surpreender vocês com
minhas fics, tenho a leve impressão de que vocês não estão mais gostando de ler
o que eu escrevo, tanto essa fic como a outra, é por isso que me da vontade de
parar, me deem pelo menos um sinal que estão gostando, seja por aqui ou pelo
twitter, eu fico muito empolgada escrevendo, mais a empolgação acaba a partir
do momento em que vocês não me dizem se gostaram, estou triste. Eu sei que não
estou postando com muita frequência, mas é porque realmente não dá.
By
isexykidrauhl
Thalissa